GREMIO – O empate com o Fortaleza mostra fragilidade do tricolor e que é preciso repensar a ideia de jogo

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
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Grêmio voltou a se repetir nos erros e a decepcionar. As vaias ao final do empate sem gols contra o Fortaleza emolduraram uma tarde em que ficaram muito perceptíveis as dificuldades do time. Houve um acréscimo significativo com a entrada de Pepê. Ele centraliza o jogo, aparece na origem e no final. É ativo, procura a bola e tenta fazer o time se conectar. Porém, acaba sendo quase um trabalho solitário. 

Mais uma vez, o modelo se mostrou ineficaz contra adversários de transição mais rápida, com maior imposição física e que, em vez de dar a bola ao adversário, esgrimem com ele.

Houve um lampejo apenas daquele Grêmio que encantou no Gauchão. Foi logo no começo, quando o time marcou alto, roubou a bola e saiu para o ataque. Aos nove, houve troca de passes rápida antes de chegar a Vina. O arremate foi salvo pelo goleiro João Ricardo. Parou por aí. Depois disso, o Grêmio abusou de bolas mais longas. 

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Quando tentou articular com ela pelo chão, parou na marcação de um Fortaleza cuja organização é exemplar. O técnico Juan Pablo Vojvoda conta com um um tripé de meio-campistas, dois extremas rápidos e um centroavante. Um desses meio-campistas, Caio Alexandre, dá dinâmica e com frequência aparece na frente. Nas pontas, Romarinho e Calebe são agressivos.

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Essa organização tornou ainda mais espinhosa a tarde do Grêmio. No primeiro tempo, houve mais embate e até chegadas à frente. Embora, em arremates de fora da área. Vina e Suárez levaram perigo. Parou por aí. O Fortaleza, quando saía, acabava chegando sempre. No primeiro tempo, foram dois arremates a gol, no que empatou com o Grêmio. No segundo, quando Cristaldo e Vina desapareceram por completo, o Fortaleza arrematou 10 vezes, sendo que em quatro Grando salvou. 

Sobrou energia para os cearenses. Tanto que Vojvoda colocou ainda mais força ofensiva, com Pikachu, Romero e Pochettino. Quase levou. Renato também tentou, mas não consegue sair da estrutura de time que monta. Galdino e Zinho entraram e deram mais energia. Só que só isso é pouco. Tanto que o primeiro arremate tricolor no segundo tempo veio só aos 45. Muito pouco. E o suficiente para preocupar a torcida. Por isso, as vaias.

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