Aos 51 anos, Mário Jardel, ex-centroavante consagrado por clubes como Grêmio, Vasco, Porto, Sporting e Galatasaray, vive um novo capítulo fora dos gramados. Ídolo por seus gols e títulos, hoje trava uma luta silenciosa contra a dependência química e a depressão, desafios que marcaram sua vida após a aposentadoria.
Morando em Fortaleza, sua cidade natal, Jardel mantém uma rotina que mistura exercícios físicos, cuidados com a alimentação e apoio espiritual. A igreja e os medicamentos se tornaram aliados no processo de reconstrução pessoal. Ele afirma que as tentações ainda aparecem diariamente, mas que aprendeu a enfrentá-las com disciplina e fé.
“É matar um leão por dia. Não tenho vergonha de dizer o que vivi, mas hoje sou uma pessoa consciente do caminho que quero trilhar”, revelou o ex-atacante, que evita revelar há quanto tempo está longe das drogas, mas garante estar firme nessa decisão.
O ex-jogador, que chegou a sofrer uma overdose em 2007, agora se dedica à família e a novos projetos. Além de administrar negócios em Fortaleza, Jardel tem participado de eventos, jogos festivos e iniciou a carreira de palestrante motivacional, onde compartilha histórias da infância difícil, a trajetória vitoriosa no futebol e os erros que quase custaram sua vida.

Jardel, o ídolo que brilhou no Grêmio e na Europa
Nascido no Ferroviário-CE, Jardel despontou no Vasco antes de chegar ao Grêmio, onde se tornou um dos maiores goleadores da história tricolor. Entre 1995 e 1996, marcou 65 gols em 84 partidas, conquistando a Libertadores e a Recopa sob o comando de Luiz Felipe Scolari.
A sequência de gols abriu portas na Europa, especialmente no Porto, onde anotou 168 gols em 175 partidas e foi bicampeão da Chuteira de Ouro. Defendeu também Sporting, Galatasaray, Newcastle e outros clubes, somando 415 gols em 565 jogos oficiais.
Apesar da carreira brilhante, Jardel admite que as escolhas fora de campo o afastaram de voos ainda maiores, como a Copa de 2002, na qual acreditava ter condições de disputar. Hoje, diz carregar apenas gratidão e o desejo de seguir em frente: “A vida é muito bonita para brincar com coisas que não prestam. Eu poderia estar morto, mas sigo em pé, tentando ser melhor a cada dia”.

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