Dificilmente um torcedor do Grêmio não lembre da “Piratinha”, torcedora que ficou conhecida em 2013 por imitar a comemoração do centroavante Hernán Barcos, maior artilheiro estrangeiro da história do Grêmio. Há época com três anos, ela lutava contra uma leucemia e viralizou nas redes sociais por celebrar os gols do clube do coração com a mão sobre um dos olhos e o outro braço estendido, tal qual fazia o ex-centroavante tricolor. Depois de algum tempo, ela voltou à Arena para acompanhar Grêmio e Avenida, no domingo (12).
Hoje, curada da leucemia e com cabelos na altura dos ombros, diferentemente da época em que ficou conhecida, Gabrieli Medeiros, a Piratinha, está com 13 anos e segue acompanhando o Grêmio, mesmo que à distância. Isso porque ela não tem conseguido frequentar a Arena com tanta frequência.
Como vive em São Sepé, distante cerca de 260 quilômetros de Porto Alegre, foi ao jogo duas vezes no ano passado. Mas, antes disso, não visitava a casa gremista desde 2016, ano em que o Grêmio conquistou o título da Copa do Brasil e ela entrou em campo junto com Luan. Ela também já havia entrado no gramado da Arena nos braços de Barcos, em 2013.
no gramado da Arena, mas teve a chance de conhecer os jogadores e o técnico Renato Portaluppi após a vitória por 2 a 0 sobre o Avenida. Em contato, Gabrieli contou que viveu um “momento inexplicável”.
— Sem palavras para explicar. Foi muito importante, muito legal. Eles são todos muito fofos. A gente não estava esperando (conhecê-los), fazia tempos que não íamos ao jogo, mas estávamos indo para a praia, conseguir passar para ver o jogo e acabamos com essa surpresa maravilhosa — relata a Piratinha.
De fato, conhecer os jogadores, Renato e tirar fotos com eles não foi planejado. Ela e o pai, Nori Medeiros, compraram ingressos para o setor gramado sul, atrás de uma das goleiras do estádio. Contudo, uma funcionária do clube que já os conhecia viu uma foto deles na Arena e foi encontrá-los. Aí, surgiu a possibilidade de ir à zona mista do estádio para fazer os registros.
— Estávamos indo para o Litoral, olhei a tabela e vi que tinha esse jogo no domingo. Comprei ingressos e fomos para a Arena. Não conversamos com ninguém do clube antes, mas eles nos viraram lá e chamaram para irmos lá ver os jogadores. A Gabi ficou numa ansiedade, foi muito legal ter tirado foto com vários jogadores e com o Renato — diz o pai da menina.
Gabrieli, aliás, ficou conhecida na época em que imitava a comemoração de Barcos, mas até hoje é reconhecida nas arquibancadas e nas redes sociais. Ela tem mais de 150 mil seguidores no Instagram e ainda é reconhecida por torcedores, mesmo com a mudança física neste 10 anos desde que viralizou.
— Tem algumas pessoas que me conhecem, que acompanharam e ajudaram a gente lá no comecinho. Muita gente mandou força para nós e até hoje me acompanham, mandam mensagens. É muito legal esse carinho — afirma a Piratinha.
Ela conta que, apesar de tantos anos depois, mantém contato e ainda tem o argentino Hernán Barcos como um de seus ídolos. Hoje, porém, divide a admiração com nomes como Ferreira, Bitello e, claro, Luisito Suárez. Curiosamente, o carinho pelo uruguaio vem de antes da chegada do atacante ao Grêmio. Tanto que um cachorro da família se chama Suárez em homenagem ao jogador e foi dado à época da Copa do Mundo de 2014, após a mordida no zagueiro Chiellini, da Itália.
— Infelizmente não consegui tirar foto com o Suárez, somos muito fãs dele. Tanto que temos um cachorro em São Sepé que se chama Suárez. Eu jogo bola também, sempre falo que sou o Suárez ou o Barcos. São os meus grandes ídolos — ressalta a menina.
Agora, em nova fase de sua vida, ela aproveita para torcer para o Grêmio de outra forma. Manteve a comemoração estilo Barcos, mas espera ter a chance de conhecer outros ídolos tricolores.
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