Grêmio – Vice de futebol do clube, Paulo Caleffi acredita que o jogador não deve ser liberado pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita, antes da janela de julho
O Grêmio tem adotado um tom pessimista sobre a possibilidade de Michael reforçar o clube nesta janela de transferências. O atacante de 26 anos não tem sua saída facilitada por parte do Al-Hilal, da Arábia Saudita, com quem tem contrato até junho de 2025. A comissão técnica gremista entende que o jogador “mudaria o time de patamar”.
O vice de futebol do Grêmio, Paulo Caleffi, acredita que o jogador não deve ser liberado pelos árabes antes da janela de julho.
— A questão do Michael não está ativa. Nós mantemos contato com o empresário do jogador vez por outra, mas não há sinalização alguma de que ele venha a ser liberado nesse momento. O clube (Al-Hilal) segue disputando a Champions asiática e mesmo que ele não seja titular da equipe, acaba compondo o elenco dessas disputas. Nós entendemos que dificilmente esse cenário será alterado antes do meio do ano — explicou em entrevista ao Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha, neste domingo (26).
Na última semana, o técnico Renato Portaluppi reforçou o pedido por Michael, explicando que o atacante elevará a qualidade do grupo.
— Estamos trocando ideias para ver se chegamos num denominador, em que os dois clubes se acertem e a gente consiga trazer o Michael. É difícil quando não tem esse jogador para quebrar as linhas. Principalmente no Estadual, quando as equipes jogam bastante fechadas, é indispensável um jogador assim. Às vezes temos dificuldades para entrar na área do adversário, pois não temos esse jogador — disse após o empate diante do São Luiz, em Ijuí.
Recentemente, o Al-Hilal sinalizou ao Grêmio que pretende receber 8 milhões de euros (R$ 44 milhões) para liberar o jogador. No início de 2022, os árabes compraram o atacante junto ao Flamengo por US$ 8,45 milhões (R$ 45,5 milhões na cotação da época). Além disso, o Tricolor enfrenta a concorrência do Palmeiras nas negociações. O clube paulista teria feito duas propostas ao time árabe: uma por empréstimo e outra de compra, por 5 milhões de euros (R$ 27,6 milhões). No entanto, ambas foram recusadas.
Com poucas perspectivas sobre Michael, o Departamento de Futebol gremista já analisa outros nomes para a função de extrema.
— Temos diversos nomes em análise. Quando identificamos que há necessidade numa posição determinada do elenco, a gente não pode ter todo nosso foco em apenas um jogador. Se frustra a negociação, o Grêmio não pode ter passos atrás para se organizar e buscar alternativas no mercado. Nós temos um núcleo que é o nosso CDD, que está lá para isso. Diariamente estão analisando mercado e trazendo situações que nós discutimos com nosso executivo (Luís Vagner Vivian) e o presidente Guerra. Possibilidades que sejam viáveis financeiramente, mas que também nós entendamos que vão agregar a necessária qualidade ao elenco. Não basta trazer por trazer. Temos que trazer jogadores, nesse momento com um elenco que está 90 ou 95% formado, que vão agregar bastante qualidade — acrescentou Caleffi.
Durante a entrevista, o dirigente gremista também admitiu que uma nova contratação do clube deve receber aporte de investidores.
— Qualquer investimento maior, nesse momento, que o Grêmio venha a realizar, necessariamente deverá contar com o auxílio de investidores e parceiros — concluiu.
A busca por um extrema com capacidade de drible é a prioridade da direção neste momento. Na temporada, o Grêmio já realizou 11 contratações. Nos casos de Luis Suárez, Franco Cristaldo e Felipe Carballo, o clube contou com o auxílio de parceiros (seja com o aporte de valores ou com garantias bancárias) para finalizar as negociações.
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