Renato Portaluppi tem uma escolha difícil nas mãos. O técnico do Grêmio deve escalar Thiago Santos ou Lucas Silva, duas opções que não contam com a aprovação do torcedor, entre os titulares para o time que precisa vencer o Ypiranga neste sábado. Ainda na expectativa pela liberação ou não de Cristaldo — o meia argentino está entregue ao departamento médico por conta de dores musculares —, a lista de desfalques para a decisão na Arena pode ter até seis ausências.
O foco das dores de cabeça de Renato está na composição da dupla titular de volantes. Sem Carballo e Villasanti, ausentes para a disputa de amistosos com suas seleções, o técnico deve recorrer a Lucas Silva ou Thiago Santos neste sábado, às 16h30min. Talvez até os dois juntos estarão na Arena. Ou nenhum deles. Um mistério que será desfeito apenas com a divulgação da escalação.
Nunes, ex-volante do Grêmio no início dos anos 2000, esteve nessa mesma situação em algumas oportunidades. Apesar da entrega e dedicação em campo, era criticado pela torcida. Hoje, acompanhando de fora dos gramados, ele oferece um roteiro para que Thiago Santos possa superar a desconfiança dos gremistas.
— É para encarar como uma oportunidade de mostrar que está bem. E que pode continuar jogando. É uma forma de convencer o torcedor a confiar. Mesmo sabendo das críticas. Ele precisa ter personalidade. Isso agrada o torcedor. Ele não está no grupo do Grêmio por acaso. O Thiago é um bom marcador. Isso pode contribuir muito para o time. Mostrar garra, dar carrinho e ter vontade. É algo que pode trazer o torcedor para o lado dele — avalia Nunes.
A possibilidade que mais ganha força nos bastidores do Grêmio é a utilização de Thiago Santos com Bitello como dupla de volantes. O jovem seria recuado para a função que atuou no ano passado, com Thaciano ingressando como o meia-atacante da direita na linha de três meias atrás de Luis Suárez.
O cenário apontado como menos provável é a entrada de Bitello e Thaciano como volantes, com Zinho ou Gabriel Silva, Vina e Ferreira formando o trio de meias.
— O time do Grêmio é muito bem armado. Isso facilita. Se pegar as escalações, uma parte do time vem jogando junto. O que pode atrapalhar, pois treinar é uma coisa e jogar é outra. São muitas caras novas. Vai acabar pegando um pouco de entrosamento ainda durante o jogo — opina o técnico Pingo, volante do Grêmio nos anos 1990, sobre a necessidade de mudança na escala em um jogo decisivo.
Rodrigo Adams, comunicador do grupo RBS e torcedor gremista declarado, aponta que seria interessante uma escalação sem a dupla de contestados do Grêmio. Mas o retorno de Cristaldo seria fundamental para viabilizar essa estratégia.
— Meu time seria: Adriel; João Pedro, Bruno Alves, Bruno Uvini e Reinaldo; Thaciano e Bitello; Cristaldo, Vina e Ferreira; Suárez. É mais faceiro, mas esse jogo exige do Grêmio buscar o resultado, já que começa perdendo. Tem de ir para cima, pressionar. Para vencer, precisa ter mais posse de bola, não tem necessidade de um quebrador no meio-campo. Marca alto e constrói o tempo todo — finalizou.
Nesta sexta-feira (24), em entrevista coletiva após o último treino antes da conclusão das semifinais, Renato pode desfazer o mistério. O técnico falará com a imprensa, mas não deve revelar muito da sua estratégia para a decisão contra o Ypiranga.
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