Grêmio lamentou chances perdidas no primeiro jogo da final, em Caxias do Sul
O Grêmio cumpriu, em parte, seu objetivo na viagem a Caxias do Sul para a disputa da primeira partida das finais do Gauchão. A ideia da comissão técnica era manter o confronto em aberto, sem que o Caxias construísse uma vantagem que forçaria a reversão de um placar adverso em Porto Alegre.
O empate em 1 a 1 da tarde fria de sábado no Estádio Centenário possibilitou esse cenário. Só que o desperdício das chances criadas custou ainda mais caro pela vantagem de ter um jogador a mais em quase 45 minutos de partida. O hexacampeonato agora depende de uma vitória simples na Arena no sábado (8). E com a perspectiva de reforços importantes retornando do departamento médico.
Invicto nos oito jogos que fez na Arena na temporada, com oito vitórias e 23 gols marcados, a convicção do Grêmio é de que o fator local será um ingrediente decisivo para confirmar o hexa.
O discurso dos jogadores do Grêmio ao final da partida reforçou a estratégia traçada para as decisões do Gauchão contra o Caxias. A lição da derrota em Erechim e da necessidade de ter que reverter um placar adverso na Arena contra o Ypiranga foi algo ressaltado pelos atletas.
— É uma partida de 180 minutos em um tabuleiro de xadrez. Não demos o xeque-mate, mas temos 90 minutos na nossa casa — disse Bruno Alves.
Vina, autor do gol gremista em Caxias do Sul, foi quem citou o exemplo do confronto contra o Ypiranga. O meia-atacante foi mais um a reproduzir o discurso apresentado no vestiário para manter o Grêmio em boa situação para buscar o título do Gauchão.
— Era para levarmos um resultado que não fosse a derrota — confirmou o camisa 11.
Mensagem
Em sua entrevista coletiva, Renato fez questão de reforçar a mensagem que levou aos jogadores no vestiário. Apesar da diferença de investimento entre Grêmio e Caxias, o técnico disse que uma derrota no Centenário não seria um resultado ruim.
— Se o Caxias nos vencesse, seria normal. É uma final. Um time bom e bem treinado. Vamos continuar encontrando dificuldades, mas agora é na nossa casa. As coisas não estão garantidas, mas facilita. Importante é que não perdemos. O que me deixa feliz é isso. Estamos perdendo oportunidades, mas fico satisfeito por estarmos criando — projetou Renato.
O combo dos desfalques inesperados de Kannemann e Carballo para o jogo em Caxias, somado com as ausências já previstas de Pepê e Ferreira, foi a justificativa do técnico para adotar essa postura mais cautelosa para as decisões. Lucas Silva e Villasanti formaram a dupla de volantes, mesmo com os dois jogadores mais talhados a defender do que a criar.
— Poderíamos ter decidido em Erechim a classificação e tivemos que correr atrás do prejuízo na Arena. Jogamos para ganhar contra o Caxias. Infelizmente, a bola voltou a ser teimosa. O empate não deixa de ser um bom resultado. Não estou me queixando dos desfalques, tenho um grupo e confio nele. Só que agora os próximos 90 minutos são na Arena — disse o técnico.
A esperança da comissão técnica é que o retorno de Carballo é certo. O volante ficou em Porto Alegre por estar com sintomas gripais. A expectativa maior é por uma atualização do departamento médico das situações de Kannemann e Pepê.
Desfalques
Os dois jogadores permaneceram em tratamento por conta de lesões musculares, mas serão reavaliados.
— Quanto mais opções tiver, melhor. Estamos sendo melhores do que nossos adversários. Merecíamos ter saído daqui com um resultado melhor. Era só ter aproveitado melhor nossas oportunidades projetou Renato.
O caso de Ferreira é o único que não deve ter alterações nesta semana. Por se tratar de um problema muscular mais grave, o atacante não tem retorno previsto aos treinos nas próximas semanas.
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