Após ferreira, Grêmio evita problema e pede a jogadores e comissão para não postarem em rede sociais sobre apostas

Grêmio formaliza proibição sobre participação de todos os funcionários do clube em apostas esportivas; familiares também são orientados a não postarem sobre o assunto

O Grêmio enviou um documento interno para funcionários na última quinta-feira no qual formaliza a proibição sobre a participação em apostas esportivas e estabelece outras normas sobre o assunto. A medida foi tomada após uma postagem de Ferreira nas redes sociais levantar o debate sobre o tema.

No documento, o clube deixa claro que os funcionários não podem participar de apostas, conforme regulamenta a Fifa, e também proíbe que eles façam esse tipo de postagem em redes sociais, assim como seus familiares. A medida vale para todas as categorias do clube.

Desde o ocorrido com o atacante, que é patrocinado pelo parceiro do Tricolor, o clube se debruçou para formular um documento oficial, assinado pelo presidente Alberto Guerra, com orientações sobre o assunto. Estão previstas multas para quem descumprir a regra, que será considerada infração trabalhista.

Relembre o caso

No dia 1º de abril, mesmo dia em que o Grêmio enfrentou o Caxias, pela final do Campeonato Gaúcho, Ferreira publicou no Instagram um comprovante de aposta nesse mesmo jogo, no valor de R$ 500, no site “Esportes da Sorte”, um dos patrocinadores do clube. A aposta era em vitória do próprio time, que é patrocinado pela casa.

Machucado, Ferreira não participou do jogo. O agente do jogador, Pablo Bueno, disse ao ge que se tratou de uma propaganda da empresa, que patrocina o atleta e o próprio Grêmio. Por meio de sua assessoria, a empresa confirmou se tratar de publicidade. A “Esportes da Sorte” disse ainda que outras pessoas contratadas por ela postaram a mesma fatura, a mesma imagem.

As duas partes negaram, portanto, que o “print” era de uma aposta feita pelo próprio Ferreira, o que é frontalmente proibido pela Fifa. A entidade que manda no futebol mundial prevê multa de “pelo menos 100 mil francos suíços” (R$ 550 mil) e banimento do futebol por até três anos para jogadores, árbitros e dirigentes que fizerem apostas em jogos de futebol. A proibição também consta no Regulamento Geral de Competições da CBF e da própria Federação Gaúcha de Futebol (FGF).