Grêmio: Funcionário do Imortal envolvido no caso “cuca” nos anos 80 poderá deixar o clube.

Grêmio não se posicionou oficialmente

Condenado por atentado ao pudor com uso de violência na década de 80 na Suíça, Eduardo Hamester, o Chico, é preparador de goleiros nas categorias de base do Grêmio. O clube gaúcho avalia a situação internamente desde o início da semana e pode definir pela saída do profissional nos próximos dias.

Hamester é o preparador de goleiros do time sub-14 gremista e está desde 2015 na base gremista. Desde os protestos sofridos no Corinthians e a posterior saída de Cuca, o Grêmio tem avaliado a demissão do profissional. Conselheiros e sócios têm feito pressão neste sentido.

O clube consultou o departamento jurídico e diversos advogados para ouvir opiniões técnicas sobre o tema. Uma decisão deve ser tomada nos próximos dias.

Procurado pelo ge na quinta-feira, o Grêmio afirmou que só iria se manifestar após o duelo com o ABC, pela Copa do Brasil. Nesta sexta, em novo contato, o clube afirmou que não tem definição sobre o tema.

Relembre o caso
O caso teve início em 1987, quando o Grêmio fazia uma excursão pela Europa. Cuca e os jogadores Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos com a alegação de terem tido relações sexuais com a garota sem consentimento.

Segundo a investigação da polícia local, a jovem se dirigiu com amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio. Os atletas, então, a puxaram para dentro e a abusaram.

Cuca negou que tenha abusado da jovem e emitiu uma nota antes da saída do Corinthians afirmando que não “toleraria ofensas”. Advogado da vítima, o suíço Willi Egloff contestou a versão do técnico e disse que Cuca foi reconhecido como um dos abusadores.

Após quase um mês detidos em Berna, os quatro jogadores foram liberados. Dois anos depois, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

Em entrevista ao “Esporte Espetacular” em janeiro de 2021, o então vice jurídico do Grêmio, Luiz Carlos Martins, o Cacalo, afirmou que apenas um dos jogadores teve relação sexual com a jovem, de maneira consentida. Porém, a lei previa que a relação seria estupro presumido, pela idade da menina.