Corrida presidencial no Grêmio pega fogo com propostas ousadas e discursos fortes. Mas qual projeto realmente tem a cara do Tricolor?
Não é só dentro de campo que o Grêmio vive momentos decisivos. Fora das quatro linhas, a disputa pelo cargo mais alto do clube — a presidência — está pegando fogo. Duas propostas antagônicas, dois estilos, dois caminhos possíveis. A torcida assiste, analisa e se divide. No meio disso tudo, está o futuro do Tricolor dos Pampas.
De um lado, Marcelo Marques, dirigente com tom popular e direto, dispara sem filtro e já deixa claro que não quer papo furado:
— “Não precisa ser SAF. É bobeira, é bobagem. Mas não é assim, ‘não queremos’. A gente não vai ouvir falar. Quem votar em mim tem que estar consciente. Porque anoja essas conversinhas.”
Seu projeto aposta no controle direto do clube sobre a Arena — ele quer comprar a gestão do estádio e transformá-lo em um patrimônio 100% gremista. Além disso, propõe quitar as dívidas e construir um estádio feminino, uma pauta inédita e ousada que levanta bandeiras de inclusão e visão de futuro. Marcelo representa o sócio tradicional, o torcedor raiz que quer o clube forte, dono do seu destino e livre de modelos externos.

Do outro lado, Paulo Caleffi aposta na modernização e profissionalização profunda da gestão gremista. Seu projeto soa corporativo, técnico e com foco em resultados sustentáveis. A promessa? Trazer empresários renomados para financiar a reestruturação, montar um corpo diretivo de executivos com experiência em multinacionais, e contratar um executivo de futebol com trajetória sólida e relevante no mercado. Caleffi quer transformar o Grêmio em uma empresa vencedora — mesmo sem ser SAF.
Entre palavras como governança, gestão integrada e potencial de marca, Caleffi mostra que seu foco é institucional, estratégico e voltado ao longo prazo. Ele propõe um Grêmio mais eficiente, que fale a linguagem do futebol moderno — e também a do mercado.
A pergunta que paira sobre o Olímpico, a Arena e todas as esquinas gremistas é simples, mas inquieta: quem está mais preparado para liderar o clube nesse momento delicado? A divisão é real. Há quem veja em Marcelo a alma do torcedor e o controle do patrimônio. Outros veem em Caleffi a profissionalização que faltou nos últimos anos.
O que se sabe até agora é que o Grêmio precisa mais do que promessas — precisa de rumo. O cenário é de reconstrução, depois de temporadas turbulentas dentro e fora de campo. O próximo presidente terá que lidar com pressões políticas, dívidas, crise de identidade e, principalmente, com uma torcida que já cansou de discursos e quer vitórias — dentro e fora das quatro linhas.
Seja quem for o escolhido, que esteja pronto para agir. Porque o Grêmio não pode mais esperar.

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