Renato Gaúcho

No vasto universo do futebol brasileiro, poucos nomes são tão reverenciados quanto o de Renato Gaúcho, um verdadeiro ícone do Grêmio. Sua carreira, recheada de conquistas e feitos memoráveis, construiu uma relação indelével entre o atacante e o clube, tornando-o não apenas um jogador, mas também um treinador que deixou uma marca eterna nos corações dos torcedores gremistas.

Renato Portaluppi, conhecido carinhosamente como Renato Gaúcho, nasceu em 9 de setembro de 1962, na cidade de Guaporé, no Rio Grande do Sul. Sua ligação com o Grêmio começou cedo, quando ingressou nas categorias de base do clube aos 18 anos. Rapidamente, demonstrou seu talento nato para o futebol, destacando-se como um atacante habilidoso, com faro de gol e uma capacidade única de liderança em campo.

O auge da carreira de Renato Gaúcho como jogador ocorreu na década de 1980, quando ele se tornou peça fundamental na conquista do maior título da história do Grêmio: a Taça Libertadores da América de 1983. Renato marcou o gol decisivo na final contra o Peñarol, no estádio Olímpico, escrevendo seu nome na história do clube e tornando-se um herói inesquecível para os torcedores tricolores.

Após a conquista da Libertadores, o Grêmio partiu para o Mundial Interclubes, onde enfrentou a forte equipe alemã do Hamburgo. Mais uma vez, Renato Gaúcho brilhou, marcando o gol que garantiu a vitória e o título mundial ao Grêmio. O atacante se tornou o símbolo máximo da conquista gremista no Japão, eternizando-se como o “Rei de Copas”.

A carreira de Renato Gaúcho como jogador também incluiu passagens por clubes renomados no futebol brasileiro, como Flamengo, Fluminense e Botafogo, consolidando sua reputação como um dos grandes atacantes do país. No entanto, foi no Grêmio que ele construiu uma identidade única e uma relação especial com a torcida.

Após encerrar sua carreira como jogador, Renato Gaúcho seguiu os passos da transição natural e se tornou treinador. E foi no comando técnico do Grêmio que ele escreveu um novo capítulo glorioso em sua história com o clube. Em 2016, Renato assumiu o comando da equipe em um momento delicado, na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Sua chegada marcou o início de uma ressurreição impressionante.

Contudo, foi em 2017 que Renato Gaúcho eternizou seu nome como treinador. Conduzindo o Grêmio em uma campanha épica, ele levou o clube à conquista da Taça Libertadores da América, o mesmo torneio que havia vencido como jogador 34 anos antes. A vitória sobre o Lanús, da Argentina, na final, consagrou Renato como o primeiro brasileiro a conquistar a Libertadores como jogador e treinador do mesmo clube.

A habilidade estratégica de Renato, aliada à sua paixão pelo Grêmio e sua capacidade de motivar os jogadores, foi fundamental para o sucesso da equipe. A forma como ele soube mesclar experiência e juventude, unindo o talento individual dos jogadores à força coletiva, resultou em um título que ecoará para sempre nos anais do futebol brasileiro.

Além da Libertadores, Renato Gaúcho conduziu o Grêmio à conquista da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, solidificando sua posição como um dos treinadores mais vitoriosos da história do clube. Sua gestão técnica não se limitou apenas aos títulos, mas também deixou um legado de identidade, garra e amor à camisa gremista.

Renato Gaúcho, o ídolo gremista, não é apenas um personagem na história do Grêmio; ele é uma figura lendária que transcende o esporte. Seja como jogador, marcando gols decisivos e erguendo taças, ou como treinador, liderando o time rumo a conquistas memoráveis, Renato deixou uma impressão duradoura no coração dos torcedores do Grêmio. Sua estrela brilha não apenas no escudo do clube, mas também no céu de Porto Alegre, como um símbolo eterno de paixão, glória e triunfo.