Cláudio Duarte revela as consequências da troca do Inter para o Grêmio e alerta Roger Machado : “É muito pior com as redes sociais”

Cláudio Duarte. Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press

Atualmente técnico do Internacional, Roger vem sendo alvo de críticas e ataques nas redes sociais, situação que traz à memória a trajetória de Cláudio Duarte. Ex-jogador e técnico colorado, Duarte também passou pelo Grêmio em 1989, sendo campeão da Copa do Brasil, e compartilha que também sofreu pressão por essa transição.

Duarte, que jogou como lateral-direito pelo Inter e esteve presente nas grandes conquistas do clube, como o Octacampeonato Gaúcho e os títulos brasileiros de 1975 e 1976, relembra como foi sua passagem para o lado azul de Porto Alegre. “Naquela época, ouvi xingamentos sim, era chamado de traidor. Chegava até a evitar lugares onde poderia encontrar torcedores colorados. Mas conseguia levar na esportiva. Hoje, tudo é amplificado nas redes sociais, o ambiente é muito mais pesado”, explica Duarte, destacando a diferença no comportamento dos torcedores com o advento das redes.

Cláudio Duarte
Cláudio Duarte. Foto: Arivaldo Chaves/Agencia RBS

Cláudio Duarte compara sua situação com a de Roger na troca do Inter pelo Grêmio

Comparando sua situação com a de Roger, Duarte acredita que o técnico colorado sofre mais devido ao impacto das redes sociais. “As redes sociais escancaram o pior das pessoas, ali impera a falta de respeito. Todo mundo se acha no direito de xingar e diminuir o outro”, comenta. Para ele, a presença constante das mídias digitais exige que Roger tenha um equilíbrio emocional muito forte para lidar com as críticas e ofensas que são postadas com frequência.

Cláudio Duarte também aproveita para enfatizar que os técnicos devem ter liberdade para atuar em qualquer clube sem serem desrespeitados. “Roger tem todo o direito de trabalhar onde quiser sem ser ofendido por isso. O importante é o profissionalismo e o respeito pela história de cada um”, afirma, colocando-se ao lado do colega de profissão e defendendo seu direito de escolha.

Roger Machado. Foto: Ricardo Duarte

A visão de Cláudio sobre idolatria também é curiosa. Ele acredita que, independentemente de onde o ídolo atua depois, seu valor para o clube onde fez história não deveria ser questionado. “Ídolo é quem trouxe alegria ao torcedor no momento em que ele mais precisava. Isso não muda”, finaliza. Ele até questiona se seria lembrado pelo Inter na “Calçada da Fama”, caso existisse uma, mas reforça que o reconhecimento ou não não apaga sua história.

A declaração de Cláudio Duarte faz refletir sobre o quanto o futebol evoluiu em seus bastidores e na relação com os torcedores, especialmente na era digital.