O Estádio Olímpico completa 71 anos em 19 de setembro de 2025, mas o que deveria ser celebração virou ponto central de uma negociação que pode selar o fim do “Velho Casarão”. As tratativas recentes, destravadas após a compra da gestão da Arena, colocam o terreno como parte do pagamento e aproximam a possibilidade de demolição total.
Em julho de 2025, o empresário Marcelo Marques assumiu a gestão da Arena ao adquirir dois terços da dívida da construção — operação que envolveu pagamento de R$ 80 milhões por parte do empresário e R$ 20 milhões pelo Grêmio — e abriu caminho para baixar a penhora que travava a incorporação do estádio ao patrimônio do clube. Com isso, a Arena deixaria de estar alienada judicialmente, condição considerada essencial para a troca de ativos.
A estratégia prevista é usar o terreno do Estádio Olímpico como contrapartida na permuta com as empresas ligadas à construção da Arena: OAS 26 e Karagounis (esta última associada à Caixa Econômica Federal). O clube afirma que já existe minuta de escritura desde 2014 e que aguarda a assinatura das empresas para formalizar a troca de chaves — procedimento que, nas palavras do vice-presidente Eduardo Magrisso, é “questão de tempo”.
O espaço que um dia foi palco de conquistas do Tricolor está hoje tomado pelo mato e por danos estruturais. Árvores cresceram sobre o antigo gramado e parte da área tem sido usada para treinamentos da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. O último jogo oficial do Grêmio no Olímpico aconteceu em 13 de fevereiro de 2013, quando o time venceu o Veranópolis por 1 a 0, partida válida pelo Campeonato Gaúcho.

O futuro do Estádio Olímpico para o Grêmio
Nos bastidores, há expectativa de que a solução seja anunciada até o fim de 2025, mas ainda faltam definições sobre obrigações de investimento das empresas e sobre a participação da prefeitura nas obras do entorno. A ideia inicial levantada nos contatos é transformar o terreno em empreendimentos residenciais e comerciais após eventual demolição, modelo de negócio que permitiria retorno financeiro aos atuais credores. Caso a permuta seja fechada, a incorporação da Arena ao balanço do clube deve alterar significativamente o patrimônio do Grêmio e suas capacidades de gestão do estádio.
A cena é singular: enquanto a torcida tricolor celebra os 122 anos do clube e acompanha a equipe de Mano Menezes na temporada, o destino do espaço histórico vira assunto estratégico para as finanças e o futuro urbano da cidade. Resta à diretoria, às empresas envolvidas e ao poder público concluir as tratativas e transformar incerteza em decisão.

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