Martelo batido no Grêmio: Felipão chega para “mudar o jogo” no tricolor

Nova era começa no Grêmio com Felipão nos bastidores. Mas o que ele realmente vai fazer? Três funções já estão definidas — e surpreendem.

Luiz Felipe Scolari inicia oficialmente, nesta terça-feira (29), sua nova trajetória no Grêmio, agora fora das quatro linhas. Ídolo histórico, campeão mundial e figura incontornável do clube, Felipão assume o cargo de coordenador técnico com papel bem mais profundo do que o título sugere. O trabalho vai além do suporte técnico: é também institucional, estratégico e político.

Na apresentação, o Grêmio deve confirmar sua função como elo direto entre o clube e a torcida, especialmente na relação com a imprensa. A missão de Felipão é blindar o vestiário e aliviar o peso sobre dirigentes e jogadores. Quando o time vencer ou estiver em crise, será ele a cara do discurso. Experiência, autoridade e identificação com o torcedor tornam o treinador ideal para esse papel de escudo institucional.

Felipão terá papel ativo na transição de jovens para o elenco do Grêmio

Outro ponto crucial será a integração das categorias de base com o elenco principal. Felipão vai atuar no acompanhamento e orientação dos jovens jogadores que estão prestes a subir. Conhecedor dos bastidores do futebol e das pressões do alto nível, ele vai guiar os garotos no entendimento do ambiente profissional, contribuindo para que a transição seja menos traumática e mais eficiente.

Mas o peso do nome Scolari não para por aí. Felipão também vai atuar nos bastidores do mercado da bola. Com forte influência entre empresários, técnicos e dirigentes, o ex-comandante terá voz nas decisões de contratação. Não se trata apenas de opinar sobre nomes; ele participará ativamente nas negociações, usando seu prestígio para facilitar acordos e evitar erros estratégicos de reforço.

Felipão, inclusive, já está com o grupo em Maceió para a estreia do Grêmio na terceira fase da Copa do Brasil. A presença no jogo é simbólica: mostra envolvimento direto e imediato. Ainda que não vá viajar em todas as partidas, sua participação neste momento inaugural indica que ele começa com os dois pés dentro do vestiário.