Ferreira retorna e com bom futebol
Grêmio – demonstra preocupação defensiva ao sofrer gols nos últimos oito jogos
Desde o início de 2023, o técnico Renato Portaluppi tem enfatizado a necessidade de ter um extremo com habilidades de drible e capacidade de vitória individual no Grêmio. No entanto, os problemas físicos do jogador Ferreira aumentaram a preocupação do treinador, que precisou recorrer a mudanças táticas ao longo da temporada devido à dificuldade de contratar Michael, jogador solicitado por ele para essa posição. No confronto contra o Bahia, porém, Ferreira comprovou as solicitações públicas de Renato Portaluppi por reforços com essas características.
Após o empate por 1 a 1 em Salvador, o Grêmio entrou em sua Arena como grande favorito para confirmar a vaga na semifinal da Copa do Brasil. No entanto, o Bahia se mostrou um adversário complicado ao longo dos 90 minutos. Na primeira etapa, o Grêmio criou chances de gol, mas também mostrou vulnerabilidades defensivas.
O treinador português Renato Paiva trabalhou bem as jogadas ofensivas do Bahia, buscando tirar vantagem das marcações individuais do Grêmio. A primeira grande chance baiana, com Everaldo, veio pelo lado esquerdo sem a presença do zagueiro Kannemann. Isso ocorreu devido às movimentações ofensivas do time visitante, que tiraram o argentino da posição.
O gol do Bahia, marcado por Everaldo, surgiu de uma rápida transição. Kayky deu um belo drible em Villasanti e passou a bola para o centroavante, que teve tempo e espaço para dominar e finalizar. Bruno Uvini cometeu o erro de ficar distante de Everaldo, permitindo que ele concluísse o chute e fizesse o gol.
Renato Portaluppi manteve a mesma formação no início do segundo tempo, mas promoveu uma substituição aos 10 minutos. Kannemann foi substituído por Ferreira, alterando o sistema tático de 3-4-2-1 para 4-2-3-1. Ferreira entrou aberto pelo lado esquerdo e se tornou a principal opção de ataque da equipe.
Com apenas quatro minutos em campo, Ferreira recebeu um passe de Cristaldo, mas acabou parando na defesa de Marcos Felipe. Para tentar neutralizar a marcação pelo setor, Renato Paiva recuou Kayky, extremo do lado esquerdo, e frequentemente defendeu com uma linha de cinco jogadores. Isso permitia que o lateral-direito Cicinho marcasse Ferreira de perto, com o apoio do volante Acevedo.
Taticamente, o Bahia estava bem organizado para marcar Ferreira, mas isso comprovou a teoria de Renato Portaluppi sobre a necessidade de um jogador habilidoso para quebrar defesas sólidas. Aos 26 minutos, Ferreira driblou Cicinho e Acevedo, que deveria fazer a cobertura, ficou em dúvida entre fechar o espaço no fundo e marcar Suárez. Isso deu espaço para que o camisa 10 avançasse e cruzasse a bola para Villasanti marcar o gol de empate.
Diferentemente do que se esperava, Renato Paiva não se contentou com o placar que levaria a decisão para as penalidades e continuou a buscar o ataque. Logo após o gol de Villasanti, o meio-campista Lucas Mugni entrou no lugar de Kayky. A substituição de um ponta veloz por um meia-armador deu ao Bahia maior capacidade criativa.
Assim como aconteceu contra o Botafogo no jogo anterior, o Bahia encontrou espaços para atacar o Grêmio, que já não contava com o sistema de três zague
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