A temporada do Grêmio tem sido marcada por altos e baixos, mas uma constante paira no ar: as críticas ao estilo de jogo implementado e o rendimento de peças importantes do elenco. O técnico Mano Menezes, em declarações contundentes, escancarou um problema que vinha incomodando e impactando diretamente a performance de jogadores como Cristaldo e Monsalve. Segundo o comandante, a insistência em lançamentos longos e diretos estava prejudicando o desempenho dos meias, que se viam apenas observando a bola passar sobre suas cabeças. “Os meias começam a ver a bola passar por cima”, resumiu Mano, ilustrando a desconexão entre a proposta tática e as características dos atletas.
A situação de Cristaldo e Monsalve, que alternaram momentos como titulares com duras críticas da torcida – Cristaldo chegou a ser vaiado ao ser substituído –, é emblemática desse desajuste. O estilo de jogo verticalizado, com poucos passes construídos no meio-campo, minava a capacidade de ambos de participar ativamente das ações ofensivas. “Acho que eles (Cristaldo e Monsalve) sofrem muito em função de tudo o que estava acontecendo, das dificuldades da equipe, da saída de bola. A equipe jogava muito direto”, analisou Mano, expondo como a estratégia adotada os tornava alvos fáceis de questionamento.

A mudança de filosofia em relação ao trabalho anterior também foi um ponto crucial abordado por Mano. Desde sua chegada, ele enfatizou sua flexibilidade tática, contrastando com a abordagem de Quinteros.
O próprio diretor de futebol, Guto Peixoto, corroborou essa visão após a vitória sobre o Santos, afirmando que a principal diferença residia na capacidade de Mano de adaptar o modelo de jogo às características dos jogadores, e não o contrário.
Essa adaptabilidade se mostrava essencial em um momento onde o coletivo enfrentava dificuldades. “Quando todos começam a produzir pouco, o errado é a ideia”, sentenciou o técnico, defendendo a necessidade de uma estratégia que potencializasse as qualidades individuais.
Grêmio Busca Coesão e Crescimento Individual Através do Posicionamento
Outro aspecto fundamental apontado por Mano para a melhora do rendimento da equipe reside no ajuste do posicionamento dos jogadores em campo. Para o treinador, um time bem organizado taticamente é capaz de elevar o nível de performance individual. Ele citou o exemplo de Jemerson, que demonstrava solidez defensiva quando a equipe estava compacta, mas encontrava dificuldades em um contexto de desorganização. “Quando a equipe está bem posicionada, na maioria dos casos ele (Jemerson) ganhou os duelos, jogou bem.
Quando a equipe não está bem posicionada, ele vai ter dificuldades como outros terão em qualquer lugar”, explicou. Essa visão se estende a outros jogadores, como Cuéllar, que também se beneficiariam de uma estrutura tática coesa. “Um time bem posicionado faz os jogadores crescerem. Vale para o Cuéllar também”, concluiu Mano, sinalizando que a busca por um encaixe tático ideal é o caminho para o Grêmio reencontrar o bom futebol.
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