Mano reage a vaias e crava posição firme sobre peça contestada no Grêmio

Técnico tricolor fala abertamente sobre escolhas, cita dificuldades e deixa no ar como pretende montar o time para a sequência.

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O debate sobre a vaga de Edenilson voltou a ganhar força na Arena, e Mano Menezes não fugiu do assunto. Questionado sobre a possibilidade de dar espaço a William, o treinador abriu o jogo, sem rodeios, sobre o momento do meia e os ajustes que o grupo ainda busca. A torcida, impaciente em certos momentos, fez ecoar algumas vaias, mas Mano tratou logo de contextualizar. “Tá. Eu sei que é o sonho de vocês, colocar alguém no lugar de Edenilson há bastante tempo. Mas não tem problema. Eu acho que a gente quer crescer, tá? A gente sempre quer fazer o melhor para a equipe”, afirmou, antes de reforçar a confiança no jogador.

O técnico lembrou o peso do atleta em fases mais turbulentas e ressaltou algo que costuma passar despercebido: características. “Ele não é um meia criador, nunca foi, tá?”, pontuou. Segundo Mano, o primeiro tempo complicado teve explicações táticas — movimentos que não ajudaram o meia e um marcador forte do outro lado. O treinador, em tom quase pedagógico, admitiu as falhas coletivas, destacou a melhora na etapa final e desmontou a ideia simplista de que vontade resolve tudo. “O futebol não é só querer, né?”, disse, apontando também o desgaste do Palmeiras ao longo do jogo.

Entre a projeção das próximas rodadas e as baixas que vêm pelo caminho, Mano reconheceu que terá de mexer mais do que gostaria. William, recém-retornado, surge como alternativa múltipla, mas as ausências de Amuzu e Carlos Vinícius podem embaralhar o quebra-cabeça. Ainda assim, o treinador valorizou a crescente do time em casa e pediu foco total no próximo desafio, diante do Fluminense. “Vamos comemorar primeiro essa vitória, que eu acho que a gente tem que…”, encerrou, deixando no ar a sensação de que mudanças virão — mas sempre dentro do que ele considera equilíbrio.

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