Grêmio sempre foi berço de muitos craques mas você sabe como surgiu o maior idolo da história do imortal?
vamos contar pra você um exemplo de perseverança e fé a história de hoje é de Renato Portaluppi.
Filho de Francisco Portaluppi e Maria Portallupi, Renato nasceu em Guaporé, tendo vivido dos três de infância e boa parte de sua juventude na cidade de Bento Gonçalves, no Interior do Rio Grande do Sul. Teve como primeiro emprego um trabalho na padaria do Seu Azir, onde ajudava na cozinha. Desde jovem foi conhecido por ter temperamento forte e determinação.
Foi empregado da empresa Todeschini, uma conhecida fábrica de móveis da região, de 26 de abril de 1977 a 03 de agosto de 1979, exercendo a atividade de carga dos caminhões da empresa. O serviço era de conhecimento da família, o que não se sabia é que era realizado apenas em meio turno, eis que Renato treinava escondido no time da cidade, o Esportivo.
Ainda jovem iniciou namoro com Maristela Bavaresco, com quem mantem um relacionamento por mais de 30 anos. Está casado com Maristela por quase 20 anos, sendo que alguns veículos de informação chegaram a informar o rompimento da união em 2014, que não se confirmou.
Renato Portaluppi é conhecido como grande conquistador, status que ele mesmo admite, afirmando que já teria tido relacionamento “com mais de cinco mil mulheres”, sendo alguns de seus relacionamentos mais conhecidos os com Luma de Oliveira, Edna Velho, Cristina Mortágua, Maria Zilda e a jornalista Carla Cavalcanti, com quem teve uma filha, Carol Portaluppi.
Ainda na adolescência, Renato passou a treinar futebol no Esportivo escondido da família. Trabalhava meio turno na fábrica de móveis Todeschini e o restante do tempo no futebol. Ainda no clube de Bento Gonçalves, fez parte da equipe de 1979 daquele clube, um dos principais elencos da história do time bento-gonçalvense, Campeão do Interior e vice-campeão gaúcho, perdendo o título para o Grêmio.
Apesar do grande resultado do time de Bento Gonçalves, Renato era um reserva no time comandado por outro grande nome da história do Grêmio Valdir Espinosa, então treinador da equipe da serra gaúcha. Com o tempo Renato foi conquistando espaço na equipe, jogando sua primeira partida como titular em 12 de agosto de 1979, quando ainda tinha 16 anos.
Com a transferência de Valdir Espinosa para o Grêmio, Renato foi indicado para compor as categorias de base do Grêmio, mas por pouco não ficou de fora do time pouco tempo depois conquistaria o Mundo. Isso porque o pai de Renato, colorado, foi contra a ideia de transferência do filho, mas que, após um período de relutância, acabou aceitando. Com isso Renato acabou fazendo parte da base gremista em 1980.
A ascensão do ídolo foi rápida. Já em 1981, com apenas 19 anos, foi alçado ao time principal, mas acabou não tendo um grande número de chances no time do técnico Ênio Andrade.
Buscando espaço no Imortal:
Apesar do pouco espaço para mostrar seu futebol em 1982, Renato acabou tendo boas atuações e jogos pela equipe tricolor no seu primeiro ano de profissional. Em 1983, sob a direção do técnico Valdir Espinosa, Renato acabou buscando seu espaço, galgando posições até se tornar o grande nome do maior título da história do Grêmio.
Renato fez parte do elenco campeão da Libertadores como um dos titulares, tendo participado de jogos emblemáticos como a Batalha de La Plata, contra o Estudiantes, e a final da Copa Libertadores da América de 1983 contra os então campeões da América e do Mundo, o Peñarol, onde acabou expulso na segunda partida da final, dentro do Estádio Olímpico, vencida pelo Grêmio pelo placar de 2×1.
Sua grande atuação histórica lhe renderia um nome gravado na eternidade da história do Grêmio. Em 11 de dezembro de 1983, no Estádio Nacional de Tóquio, Renato marcaria dois gols na vitória de 2×1 sobre a equipe do Hamburgo, da Alemanha Ocidental, campeão da Liga dos Campeões da Europa em 1983, pela final do Mundial Interclubes. A autoria dos dois gols lhe rendeu a honraria de ser o melhor daquele Mundial.
Renato permaneceu no Grêmio até 1986, conquistando dois campeonatos gaúchos em 1985 e 1986, além de um vice da Copa Libertadores da América de 1984, entre outros títulos. As atuações de destaque do ídolo gremista lhe renderiam a primeira convocação para a Seleção Brasileira de Futebol e despertariam o interesse do Flamengo, onde Renato jogaria nos anos 90.
Renato ainda jogou por : Flamengo, Roma, Botafogo, Cruzeiro , Atlético MG e Bangu onde encerrou a carreira em 1999.
A polêmica estátua e a consagração como treinador do Grêmio:
Imortal, assim como o próprio clube. O eterno camisa 7, Renato, virou estátua e é assim que poderá ser visto por todas as gerações de agora em diante. O pedido do próprio, foi inaugurado no início da noite de 25 de março de 2019 na esplanada oeste da Arena do Grêmio. Diante de 9 mil torcedores, o autor dos dois gols contra o Hamburgo na final do Mundial de 1983 se emocionou ao discursar:
“ É uma homenagem inesquecível para mim.
Mas a maior alegria minha é dar alegrias para nossa torcida. Há uma semana que não durmo. É difícil até as palavras saírem. Se eu já era gremista, imagina agora. Meu sangue sempre foi e sempre vai ser azul. ”
A comemoração do segundo gol marcado em Tóquio foi a inspiração para retratar o maior ídolo da história do Grêmio. Theo Felizzola, Iouri Petrov e Jamil Fraga foram os artistas responsáveis pela obra. Em 2016, após a conquista da Copa do Brasil, por brincadeira do próprio Renato, a ideia começou a ganhar corpo. Com o título da Libertadores no ano seguinte, veio a aprovação pelo Conselho Deliberativo em unanimidade.
São quatro metros de altura, contando com o pedestal, a peça é feita de bronze. O presidente Romildo registrou a fase atual do tricolor e comentou a lenda homenageada:
“ O clube vive hoje, sem sombra de dúvidas, um dos maiores momentos de sua história. Quando se reconhece em um símbolo como a estátua, pode ser um craque de bola, um jogador que tem identidade no clube, um obstinado, um atleta, diversos valores que dizem respeito ao campo. Mas a gente reconhece o homem Renato também”.
Títulos como jogador do Grêmio:
Campeão gaúcho 1980, 1985 e 1986
Campeão do mundo 1983
Copa libertadores 1983
Como treinador do Grêmio:
Copa Libertadores 2017
Recopa Sul- Americana 2018
Copa do Brasil 2016
Campeão gaúcho 2018, 2019 e 2020
Recopa Gaúcha 2019 e 2023
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