Grêmio em um GRE-nal onde tudo parecia perdido, surge um salto Grêmio
Catimba começou a carreira no Ypiranga-BA, em 1966, onde jogou por três anos.
Em 1968, se transferiu para o Galícia e em 1971 chegou ao Vitória. No rubro-negro baiano jogou por cinco anos e virou ídolo. Fez parte do time que conquistou o título do 1972, este que viria a ser o único a ser conquistado pelo Leão na década de 1970. É o segundo maior artilheiro do rubro-negro em campeonatos brasileiros, com 31 gols.
Em 1976, foi jogar no Guarani, ficando por apenas um ano, se destacando novamente com 27 gols, e se transferindo para o Imortal em 1977, onde também virou ídolo, conquistando dois títulos gaúchos, 1977 e 1979. Marcou 67 tentos no total pelo Grêmio.
Defendeu ainda o Bahia, Argentinos Juniors, Pinheiros, Náutico, Comercial-SP, Ypiranga-BA e Fast Clube.
André Catimba foi o primeiro brasileiro a jogar com Maradona. Ex-jogador brasileiro atuou no Argentinos Juniors em 1980, quando Maradona tinha 19 anos.
O gol de Carlos André na final do Gauchão de 1977 devolveu ao Grêmio e sua torcida motivos para comemorar depois de um octacampeonato estadual do maior rival. Um mês antes, o atacante já havia vencido outro clássico, por 2 a 1, com direito a brincadeiras com a bola na linha de fundo em provocação aos colorados nos minutos finais de jogo, em lance que rendeu o apelido de André Catimba.
Tão marcante quanto o protagonismo marcando o gol do título é a imagem do jogador alçando um voo que durou apenas o suficiente para ser fotografado na linha de fundo.
A intenção de André era comemorar o gol no goleiro Benítez, na decisão do Estadual, em setembro, com uma pirueta sobre o eixo do próprio corpo, o popular “salto mortal”. Seja por euforia, cansaço ou uma combinação dos dois, o resultado foi uma queda frontal com fraturas nas costelas.
” O lance foi rápido, eu achava que ele chutaria com a esquerda, mas veio com a direita.
Colocou a bola no ângulo, não consegui chegar. Um golaço. E depois ele contrariou a lógica dando aquele pulo, ninguém entendeu”
relembra o ex-goleiro colorado Benítez, que elogia
“Não digo isso porque era meu amigo, porque dentro de campo éramos inimigos em uma guerra, mas o André foi um dos melhores centroavantes que enfrentei.”
“Eu fiquei tão emocionado naquela tarde que não sabia como expressar. Pensei em dar o salto mortal, desisti, mas já estava no ar quando voltei atrás. Era tarde. Me machuquei todo”
André Catimba, em depoimento ao livro “A História dos Gre-Nais”, dos jornalistas David Coimbra, Nico Noronha e Mário Marcos de Souza.
O começo da jogada havia sido um balão de Caçapava da defesa colorada interceptado pelo gremista Vitor Hugo. Ele acionou Iura, que encontrou André invadindo a área para estufar as redes e fazer com que a taça do Gauchão ficasse no Olímpico.
Os gols marcados pelo ex-atacante não ficaram restritos ao futebol brasileiro.
No ano de 1980, ele foi para a Argentina, onde defendeu o Argentinos Juniors. Na época, Catimba já era um veterano, e, em Buenos Aires, encontrou um jovem talento que estava prestes a explodir.
A passagem de André Catimba pela Argentina foi curta, durando apenas seis meses. No país vizinho, o ex-atacante enfrentou algo que vai além do futebol. Dentro de campo, era vítima de injúrias raciais. Maradona foi um ponto de apoio diante de um ambiente extremamente hostil.
Catimba sempre é lembrado por seus torcedor símbolo de coragem e persistência com nossa camisa!
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