A noite de sexta-feira foi de luxo para o Grêmio. Logo sem o ponta driblador, Renato montou um esquema de muita movimentação do meio para frente para construir o 6 a 1 sobre o Novo Hamburgo na Arena. O “show” foi aprovado pelo treinador. Avassalador com cinco gols em 27 minutos, o Grêmio construiu a maior goleada deste Gauchão.
Foram sete minutos sem descanso para o adversário. Tempo suficiente para o um Grêmio “diferente” fazer três gols e liquidar a fatura rapidamente. Os jogadores seguiram à risca o que foi pedido pelo comandante e o resultado foi uma equipe que “quebrou linhas” mesmo sem o driblador.
Até o momento, Renato sempre tinha optado por ter um jogador de caraterísticas de extrema pelo lado esquerdo. Por ali, tinham passado Ferreira, Guilherme e Gabriel Silva. E reiteradamente o treinador ressaltava a necessidade de ter um atacante.
Sem o camisa 10, “poupado” por desgaste físico pelo quarto jogo seguido, Vina foi quem ganhou a oportunidade no time titular para esta função. Mas poderíamos dizer que naquele setor jogaram também Bitello e Cristaldo.
Chamou atenção o quanto os jogadores do meio para frente se movimentaram durante os 90 minutos. O segundo tempo menos, natural com o 5 a 0 no placar. Mas na primeira etapa, o Noia praticamente não conseguiu passar na linha do meio-campo. Foi com sobras a melhor atuação da equipe na temporada.
Hoje realmente minha equipe deu, sem exagero, com todo respeito ao adversário, um show.”
— Renato Portaluppi
A linha defensiva ficou lá atrás, com os laterais bem abertos e responsáveis por ocupar os lados. Dali para frente, os atletas trocavam bastante de posição. Por exemplo, Vina começou na esquerda e Bitello na direita, mas os dois se alternavam a todo momento, com Cristaldo junto na dança.
Quando Vina saía da esquerda, virava uma espécie de segundo atacante próximo a Suárez. O camisa 11 fez seu primeiro gol pelo clube gaúcho em um movimento assim. Aos dois minutos, estava quase na pequena área para concluir cruzamento de João Pedro.
Cristaldo, na função de armador, também participou das movimentações caindo para o lado. Seu gol foi aparecendo nas costas da zaga e aproveitando a bela assistência de Bitello. Na frente do goleiro não desperdiçou. O argentino também recuou bastante para iniciar o jogo de frente.
– Jogamos da forma como treinamos. Uma forma que não tinha posição fixa. Mas o importante era cada jogador estar em uma posição, justamente para confundir a marcação do adversário. Deu certo. O futebol moderno não permite que jogue só numa posição. Se conseguir jogar em mais de uma posição é uma vantagem que o treinador tem – disse o comandante.
Com a dupla de volantes não foi diferente. Pepê e Carballo atuaram juntos e a todo momento se alternavam na primeira função. Em alguns momentos, os dois estavam na frente da linha da bola. Contra o um adversário de mais qualidade um dos dois vai precisar segurar mais a posição.
Após o empate com o São Luiz, o treinador falou que o ponta é fundamental para quebrar e, só com um jogador assim, a equipe vai conseguir furar a defesa do adversário quando encarar dificuldades. Contra o Novo Hamburgo, a equipe mostrou repertório e outras alternativas para atacar.
A primeira grande atuação de 2023 veio sem os pontos fixos. E deixou boas perspectivas para o Campinense, pela Copa do Brasil, e para o Gre-Nal. Pelo visto em campo – e o tempo sem atuar – Ferreira volta no banco de reservas.
Com a goleada, a equipe do Grêmio chega afiada para a decisão na Copa do Brasil. Na próxima semana, os gaúchos encara o Campinense, em Brasília, em jogo eliminatório da primeira fase da Copa do Brasil. Com empate o Grêmio avança.
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