A semifinal do Campeonato Gaúcho entre Grêmio e Juventude ficou marcada por um lance polêmico envolvendo Abner e Monsalve, que gerou questionamentos entre torcedores e especialistas. A principal dúvida girou em torno da ausência de intervenção do VAR no lance dentro da área, o que poderia ter levado à marcação de um pênalti. O jornalista Diori Vasconcelos investigou os bastidores da arbitragem e revelou os motivos que levaram à decisão de campo ser mantida.
No momento da jogada, o árbitro Jonathan Pinheiro, posicionado no bico da grande área, avaliou que Monsalve tomou a frente e que Abner, ao tentar o chute, tocou primeiro na bola. O assistente Leirson Peng Martins, que acompanhou de um ângulo lateral, confirmou a interpretação do árbitro e reforçou a decisão de seguir o jogo. Já na cabine do VAR, Douglas Silva teve acesso a imagens exclusivas que mostraram o toque sutil de Abner na bola antes do contato com o jogador do Grêmio. Com base nesses elementos, a equipe de vídeo optou por não recomendar a revisão.

Porém, após análise interna, a Comissão de Arbitragem, liderada por Leandro Vuaden, concluiu que houve erro no procedimento. Segundo a avaliação da entidade, o VAR deveria ter interferido e recomendado a revisão, levando em consideração o padrão de arbitragem adotado na competição. Para muitos, a falta de critério unificado em lances semelhantes levanta dúvidas sobre a consistência das decisões tomadas ao longo do campeonato.
O debate agora não é apenas sobre um único lance envolvendo o Grêmio, mas sobre a forma como a arbitragem tem conduzido o Gauchão. Se a tecnologia do VAR está disponível para corrigir erros claros, por que nem sempre há interferência? O episódio reforça a necessidade de mais transparência e coerência nas decisões, algo que clubes, torcedores e profissionais do futebol esperam de um campeonato cada vez mais competitivo.

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