Foto: Lucas Uebel / Grêmio

Ídolo do Grêmio, Luan, não joga a mais de 1 ano “Falta de base”

Eleito o melhor jogador da América em 2017 e peça-chave nas conquistas do Grêmio, Luan vive um declínio impressionante desde sua saída do clube gaúcho. Sem conseguir repetir o brilho dos tempos de Porto Alegre, o meia-atacante passou por Corinthians, Santos, Vitória e até retornou ao próprio Grêmio, mas sem sucesso. Hoje, aos 31 anos, está sem clube e longe dos holofotes que um dia o consagraram.

Luan. Foto: Pedro Tesch/Getty Images

Para o técnico Vagner Mancini, que trabalhou com Luan no Corinthians, o principal motivo para essa queda vertiginosa está na formação do jogador. Segundo ele, a ausência de uma base estruturada entre os 15 e 20 anos pode ter comprometido a capacidade física e técnica do atleta a longo prazo. “O que te faz jogar dos 30 aos 40 anos é o que você fez dos 15 aos 20”, explicou o treinador em entrevista à ESPN.

A análise de Mancini se sustenta nos números: enquanto no Grêmio Luan atingiu seu auge entre 2015 e 2018, a partir de 2019 seu rendimento caiu. No Corinthians, entre 2020 e 2021, participou de 75 jogos e marcou 9 gols, mas desde 2022 seus números despencaram – apenas 22 partidas, 1 gol e 2 assistências em passagens apagadas por Santos, Grêmio e Vitória.

Luan
Luan. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Além do fator físico, a falta de adaptação ao futebol moderno, cada vez mais intenso e dinâmico, também pode ter influenciado. Luan sempre se destacou pela técnica refinada e inteligência com a bola nos pés, mas sem velocidade e intensidade, seu estilo de jogo perdeu espaço. O que antes era talento diferenciado, hoje parece insuficiente para os padrões exigidos no futebol de alto nível.

Com a carreira em xeque, Luan ainda busca uma nova oportunidade para reescrever sua história no futebol. A questão é: ainda há espaço para ele no cenário profissional ou seu tempo entre os grandes chegou ao fim?

Luan. Foto: Richard Ducker

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