Inter faz FIASCO em casa e empata com Nacional- URU em 2×2 com Uruguaios cantando alto no Beira-Rio

Inter e mais um vexame !

Jonathan Heckler

Dois times que se acostumaram a fazer gols nos finais fizeram valer a sina no Beira-Rio nesta quarta-feira (3). Pela terceira rodada da Libertadores, Inter e Nacional empataram em 2 a 2, com um gol colorado, aos 38, e um dos uruguaios, aos 45. Mercado e De Pena marcaram os gols do time de Mano Menezes, que foi para cinco pontos. O Nacional lidera o Grupo B, com sete.

Nos mistérios que manteve até a hora do jogo, Mano optou por Igor Gomes do lado direito da defesa, De Pena ao lado de Campanharo no meio e o quarteto final com Mauricio, Alan Patrick, Wanderson e Alemão. A maior capacidade de criação no meio-campo seria compensada com um lateral mais defensivo.

Foto Jonathan Heckler

Estádio vazio !

Foto: reprodução

A partida começou com 25 mil pessoas nas arquibancadas e quase isso do lado de fora. Só a torcida do Nacional movimentou 40 ônibus no deslocamento desde a Arena, onde ficaram concentrados, até o Beira-Rio.

O Inter iniciou controlando a partida, embalado por uma torcida empolgada. Diante de um adversário fechado, tentava trocar passes para chegar ao ataque. A primeira ação ofensica perigosa ocorreu aos seis minutos. Alemão tabelou com Igor Gomes e recebeu na frente. Driblou um zagueiro e cruzou, no segundo pau. De Pena se atirou na bola e jogou para o meio. Wanderson se atrasou e tentou fazer o gol com a mão. Levou cartão amarelo.

Aos 10 minutos, gol. O primeiro escanteio já tinha dado o alerta, quando Vitão cabeceou e Rochet defendeu. O segundo, cobrado por Wanderson, encontrou a cabeça de Mercado, que não precisou nem pular. Inter 1 a 0.

Mesmo com a mudança no placar, o panorama não se alterou. O Inter seguiu propondo o ataque, e o Nacional se defendendo. Aos 23, Alemão arrancou pela esquerda, livrou-se de dois marcadores e deu na medida para Wanderson, que entrava em velocidade. Sozinho, o camisa 11 tirou de Rochet, mas também da trave e perdeu uma chance claríssima.

Levou 36 minutos para os uruguaios incomodarem Keiller. Zabala, de fora da área, arriscou. A bola voou por cima do travessão. A diferença é que o Nacional não precisou de muitas chances para empatar. Aos 38, o mesmo Zabala recuperou a bola no meio do campo, em uma dividida com Alemão e avançou. Passou por Alan Patrick e Campanharo. Deu sorte, porque seu passe bateu em Vitão e voltou para ele. De dentro da área, chutou no canto, sem chances para o goleiro colorado: 1 a 1.

mediatamente, o estádio reagiu. A torcida subiu o som e o Inter voltou ao ataque. Igor Gomes foi ao fundo e cruzou, a bola passou por toda a extensão da área sem que Mauricio e Wanderson alcançassem. Na sequência, o time reclamou de um possível pênalti em cobrança de escanteio, em que Mercado foi seguro na área.

Pouco antes do intervalo, o Nacional esteve perto de virar. Um chutão para cima foi desviado e encontrou Pereiro, que desviou de Keiller. A bola saiu por centímetros.

Os times voltaram com as mesmas formações dos vestiários. E com posturas semelhantes. O Inter tentando o ataque, o Nacional contragolpeando. Apesar das tentativas coloradas, o Nacional estava fechado. E sem alternativas, Mano mexeu no time, aos 17. Saíram Igor Gomes e Wanderson, entraram Bustos e Pedro Henrique.

Aos 31, quando o Mano ia fazer novas substituições, chegou o gol do 2 a 1. Mauricio deu um belo passe para Pedro Henrique, que ganhou de Rochet e colocou na rede. Mas a bola bateu no braço do atacante colorado. Após quatro minutos de revisão, o lance foi anulado.

Vieram, então, as trocas. Saíram Alemão e Mauricio, entraram Lucca e Luiz Adriano. E, pela terceira vez no jogo, logo depois de um time perder uma chance clara, a resposta foi letal. Aos 38, Luiz Adriano achou Lucca no espaço vazio. O cruzamento do guri foi na medida para De Pena, que bateu de primeira, bem no cantinho. O Beira-Rio explodiu. Dos mais de 35 mil colorados no estádio, só De Pena não comemorou, em homenagem ao clube que o formou.

Aos 45, a segunda falha defensiva seguida do Inter cobrou o preço. Em um cruzamento da intermediária, Vitão errou e Noguera desviou de cabeça. A festa, então, mudou de lado e vestiu as cores dos uruguaios.

Libertadores — 3ª rodada — 3/5/2023

Inter
Keiller; Igor Gomes (Bustos, 17’/2ºT), Vitão, Mercado e Renê; Campanharo (Matheus Dias, 40’/2ºT) e De Pena; Mauricio (Lucca, 36’/2ºT), Alan Patrick e Wanderson (Pedro Henrique, 17’/2ºT); Alemão (Luiz Adriano, 36’/2ºT).
Técnico: Mano Menezes

Foto Reprodução

Nacional-URU
Rochet; Lozano, Noguera, Polenta e Cándido; Y. Rodríguez (Montiel, 17’/2ºT), D. Rodríguez, Pereiro (Fagundes, 17’/2ºT) e Trezza; Zabala e Ramírez (Damiani, 34’/2ºT). Técnico: Álvaro Gutiérrez

Gols: Mercado, aos 10, Zabala, aos 38 minutos do primeiro tempo. De Pena, aos 38, e Noguera, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wanderson, Campanharo, Mercado; Pereiro, Noguera
Local: Beira-Rio
Público: 36.791 (33.121 pagantes)
Renda: R$ 1.256.939
Arbitragem: Facundo Tello, auxiliado por Juan Belatti e Diego Bonfa. VAR: Silvio Trucco (quarteto argentino)