Foi um bom Gre-Nal na Arena, sem briga ou violência, no qual venceu quem procurou a vitória a maior parte do tempo e teve as chances mais claras. Houve justiça no 2 a 1 do Grêmio. Curiosamente, os técnicos foram protagonistas quando não tentaram fechar a casinha.
Mano começou sem Mauricio e com Baralhas. Defendeu-se mal e atacou pior. Saiu atrás. Podia ter levado mais. Só teve supremacia quando Renato, no segundo tempo, devolveu o favor. Resolveu fechar a casinha sem necessidade, com Thiago Santos e Thaciano. Perdeu o meio-campo na hora.
O Inter cresceu, empatou e quase virou. Suárez não brilhou, mas o seu movimento sobre Mercado no gol de Carballo foi decisivo para criar o espaço, nos acréscimos, por onde o entrou o seu conterrâneo Carballo, definindo o Gre-Nal.
Lucas Ramos fez a falta em Thaciano e largou a jogada. O Grêmio bateu rápido, pegando a defesa desarrumada. O Gre-Nal resumiu o Gauchão até aqui. O Grêmio está jogando melhor. Não muito, mas melhor do que o Inter.
Primeiro tempo
O primeiro tempo foi do Grêmio. Sete finalizações, quatro chances claríssimas e o gol de Vina na última delas, nos acréscimos. Baralhas saiu errado na caça e facilitou a tabela de Vina com Cristaldo. Bola defensável, de longe. Keiller aceitou. O Inter, ao contrário, só reagiu. Abusou da bola longa, salvo duas arrancadas de Wanderson a drible.
Teve 40% de posse de bola, contra 60% tricolor. Mesmo após a lesão de Villasanti e o ingresso de Carballo, o Grêmio marcou melhor: em desarmes, 7 a 4. Bitello foi o maestro. De seus pés sempre algo se criava. Kannemann venceu o duelo contra PH, que sofreu jogando de costas. Sem Mauricio para ajudar e De Pena muito mal, Alan Patrick ficou sozinho. Chance mesmo, o Inter teve uma, com Bustos, salva por Fábio em cima da linha.
Segundo tempo
O Inter voltou mudado. Mano tirou Baralhas por lesão e De Pena por opção. Colocou Matheus Dias e Mauricio. Melhorou um pouco, mas nada capaz de criar chances como as do Grêmio. Renato deu a bola para o Inter e apostou no contra-ataque. Marcou alto para tirar o Inter da zona de conforto. Também foi melhor assim. Empilhou situações.
No desespero, Mano sacou PH em nome de Luiz Adriano, deixando Wanderson na extrema. Arriscou com Lucas Ramos no lugar de Johnny. Abriu-se. Renato veio de Thiago Santos. Por que tirar Pepê, se o Grêmio mandava no jogo? Quando sacou Cristaldo em nome de Thaciano, aí perdeu o meio. Na primeira ação de Thiago, gol do Inter. Luiz Adriano tirou Kannemann da área. Ganhou dele no alto. A bola sobrou para Alan Patrick assinar uma obra prima a drible: 1 a 1.
Estratégias
O que Mano pensou com Baralhas e sem Mauricio? Reforçar a marcação e impedir a vantagem numérica do Grêmio, que veio com cinco meio-campistas (e mais Suárez recusando) e sem ponteiros. O que pensou Renato com Fábio e não João Pedro? Atacar pelo lado. Fábio é mais ofensivo. Sem extremas, a velocidade pelos flancos caberia aos laterais, ele e Reinaldo. Surpresas? Nem tanto. Estratégias, olhando o desenho do adversário.
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