Liga Forte entra em debate com Libra para paralisação do Brasileirão

Os clubes que disputam o Campeonato Brasileiro estão divididos em duas ligas quando se trata dos direitos de transmissão. Esta divisão reflete-se também nas posturas adotadas em relação à possível paralisação do torneio devido às enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, impedindo que Inter, Grêmio e Juventude entrem em campo. Os jogos destes clubes foram adiados até 27 de maio.

Neste sábado (11), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ofício solicitando uma manifestação “expressa” dos clubes sobre a decisão de parar ou não o torneio. A entidade aguarda respostas até segunda-feira (13) para, então, tomar uma decisão.

Segundo informações apuradas pelo GZH, os clubes da Liga Forte União, da qual fazem parte Inter e Juventude, devem definir uma posição após uma reunião marcada para segunda-feira. Até o momento, a tendência é que o bloco siga a vontade da maioria dos membros e vote de forma unificada. No entanto, caso haja divergências significativas, não está descartada a possibilidade de cada entidade se posicionar individualmente perante a CBF.

Liga Forte e Libra

Inicialmente, alguns clubes, como Atlético-GO e Cruzeiro, manifestaram-se contrários à paralisação. Onze clubes da Série A fazem parte do grupo da Liga Forte União: Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Inter, Juventude e Vasco.

Já a Libra, que conta com oito clubes da Série A, além do Grêmio, não deve votar em bloco. Não houve discussões internas sobre o tema, e o clube gaúcho está ciente de possíveis divergências de opiniões.

Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Palmeiras, Bragantino, São Paulo e Vitória, todos da primeira divisão, também integram o movimento. Os clubes mineiros posicionaram-se a favor da paralisação. Os presidentes de Palmeiras, São Paulo e Flamengo ofereceram suas estruturas aos times gaúchos, sem indicar um lado específico.

A CBF ainda não estabeleceu a quantidade de respostas positivas necessárias para que o Brasileirão seja interrompido. Caso receba uma adesão significativa de clubes, o Conselho da Série A será convocado para tomar uma decisão final, quando possíveis mudanças no calendário serão discutidas.