Grêmio – Renato terá de começar a reconfigurar o time imediatamente, já para o Gre-Nal
Por sorte há Luisito Suárez. Não fosse ele, o Grêmio teria ido dormir com uma derrota e encrencado na Copa do Brasil. O 1 a 1 com o Cruzeiro saiu muito melhor do que a encomenda e deixou o confronto aberto. Além de conceder um tempo para que encontre seu norte e possa chegar a Belo Horizonte, daqui a duas semanas, mais equilibrado e com uma nova ideia de jogo. Essa, definitivamente, venceu o prazo de validade. Renato terá de começar a reconfigurar esse Grêmio imediatamente, já para o Gre-Nal.
Outra vez, repetiu-se o roteiro dos jogos contra o Bragantino e o Fortaleza, ambos na Arena. Há uma disparidade física muito grande em relação a adversários com esse perfil. Que, na verdade, é o perfil de quase todos os times da Série A.
O Cruzeiro, a exemplo do que havia feito no Independência, há 20 dias, impôs seu jogo de transição rápida e de intensidade altíssima. O Grêmio, mais uma vez, apostou na ideia de controle e posse de bola. Não teve controle nem a posse da bola. Fosse mais preciso, o Cruzeiro teria liquidado o jogo no primeiro tempo ainda. Foram 13 finalizações dos mineiros contra sete do Grêmio.
De todas essas, a única com perigo saiu do pé de Suárez, em um lance que só sua alta qualidade pode proporcionar, arrematando de costas e acertando a trave. O Cruzeiro, por sua vez, teve nos pés de Ramiro, diante de Grando, e de Bruno, que havia até driblado Grando, duas bolas do jogo.
Renato demorou, mais uma vez, a alterar o time. Lançou as fichas que tinha, Zinho e Galdino, além de Nathan. Equilibrou o jogo na transpiração. Bitello virou lateral-direito, Nathan foi volante. Eles, ao menos, entregaram a movimentação e a transpiração que faltou em Vina e Cristaldo. Um deles, pelo menos, precisa ser sacado para que o time eleve sua voltagem. Não será sempre que Suárez tirará um lance mágico de sua cartola. O gol de trivela, de fora da área, salvou o Grêmio.
Reprise
Pelos sinais e pela reação de Pepê, a lesão no músculo posterior da coxa foi sentida outra vez. O meio-campista foi substituído ainda no primeiro tempo e deixou o gramado chorando. Sentou-se no reservado e cobriu o rosto com uma camiseta. Chegou a ser consolado pelo zagueiro Bruno Uvini.
O lamento de Pepê se justifica. Ele estava de fora desde a semifinal do Gauchão. Sentiu em Erechim, no dia 19 de março. Foram 56 dias de fora. E a preocupante dor na coxa com 84 minutos depois. Foi esse o tempo que Renato teve seu principal meio-campista em campo nesses dois jogos. Contra o Fortaleza, ele saiu aos 27 minutos do segundo tempo. Nessa quarta (17), apenas 12. Pepê, assim, se torna um problema tamanho GG para Renato visando ao Gre-Nal.
O problema sentido por Pepê só aumenta o questionamento em cima do departamento de saúde do Grêmio. Há uma cobrança forte em cima de dificuldades de recuperação de jogadores. Pepê voltou a treinar antes da partida contra o Bragantino. Seguiu um processo cuidadoso e nem foi relacionado para encarar o Palmeiras. O plano era que voltasse somente quando estivesse 100% condicionado e recuperado. Antes dos jogos contra Bragantino e Palmeiras, revelou a Renato estar sem 100% de confiança. Depois da partida contra o Fortaleza, saiu com gelo no local. Na quarta, voltou a sentir.
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