“Se não houver reação, eu saio”: Mano se oferece e permanece no Grêmio após derrota para o Sport

Mano Menezes ofereceu saída após derrota para o Sport; direção pediu calma e manteve o técnico. O que muda agora no Grêmio?

Mano Menezes colocou sua permanência em xeque após o revés do Grêmio diante do Sport na Arena. Em clima tenso no vestiário, o treinador comunicou à direção que consideraria abrir mão do cargo caso o desempenho não melhore nas partidas seguintes. A reação da cúpula foi imediata: Alexandre Rossato, vice de futebol, conversou pessoalmente com Mano e reafirmou confiança no trabalho da comissão técnica, convencendo-o a seguir à frente do elenco.

O elenco retoma as atividades na próxima terça-feira (12), no CT Luiz Carvalho, quando começa a preparação para o duelo fora de casa contra o Atlético-MG, em Minas Gerais. A comissão técnica vai usar a reapresentação para ajustar a carga física, rever posicionamentos e, sobretudo, resgatar equilíbrio emocional — componente que, segundo membros do clube, tem faltado nas últimas partidas.

A sinalização pública de Mano foi clara: a paciência tem limite. Em entrevistas, o técnico deixou explícito que pedirá desligamento se a equipe não conseguir resultados que justifiquem a manutenção de seu projeto. Internamente, a diretoria prefere apostar na continuidade e na correção de rumos a curto prazo, na tentativa de evitar uma ruptura no meio da temporada.

O cenário do Grêmio

O momento do Grêmio combina cobrança externa com tensão interna. A direção aposta na experiência de Mano — treinador com passagens por grandes clubes e pela seleção nacional — para atravessar um período de instabilidade; a pressão da torcida, porém, segue alta. Para além do episódio no vestiário, a administração e a comissão técnica terão poucas rodadas para mostrar evolução tática e resultados práticos. O confronto em Minas aparece, portanto, como um teste imediato: uma vitória pode reequilibrar a balança; um tropeço, encaminhar novas decisões.

Contexto extra: Mano Menezes chega ao comando com histórico de reconstruções e trabalho voltado à disciplina tática. O parar e começar no CT Luiz Carvalho promete foco em adaptações rápidas — correções de posicionamento, padrão de pressão e entrosamento ofensivo. Nas próximas semanas, além do jogo contra o Atlético-MG, o calendário exigirá mais coesão do grupo; números e atuações vão definir se a diretoria manterá sua confiança ou se aceitará um pedido de saída.

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