GREMIO: O procurador regional do Ministério Público do Trabalho, Philippe Jardim, de 48 anos, foi oficialmente empossado como presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio para o triênio 2025–2028. A cerimônia ocorreu na última quinta-feira (23), marcando o início de uma nova fase política no clube. Conhecido entre os gremistas como Phil, o dirigente assume o posto em meio a um período de intensas discussões internas, com reforma estatutária e eleições presidenciais no horizonte.
Logo em sua primeira semana no comando, Philippe conduzirá uma votação decisiva sobre mudanças no estatuto, agendada para segunda-feira (27). As alterações incluem pontos sensíveis, como ajustes no contrato da Arena do Grêmio e regras para o processo eleitoral, cujo primeiro turno ocorrerá em 30 de outubro, seguido por votação entre os sócios no dia 8 de novembro.
Durante entrevista ao portal GZH, Phil deixou clara sua posição sobre um dos temas mais debatidos nos bastidores do futebol brasileiro: a transformação dos clubes em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O novo presidente foi direto ao afirmar que, enquanto estiver no cargo, o assunto não avançará dentro do Conselho.
“Enquanto eu ocupar essa cadeira, o Grêmio não terá outro dono. Sou totalmente contrário à ideia de vender o clube para aventureiros sem ligação com nossa identidade. Não darei espaço para esse tipo de debate”, reforçou o dirigente.
Philippe destacou que a solução para os desafios financeiros do futebol não está na adoção do modelo SAF, mas na profissionalização e na eficiência da gestão. Ele citou o exemplo de clubes que enfrentam dificuldades após a adesão ao formato empresarial, ressaltando a importância de preservar o caráter associativo.
“Essa SAF predatória, como vimos em alguns casos no país, não é caminho. O essencial é adotar uma gestão moderna, com executivos qualificados e metas claras, mas sempre dentro dos princípios e valores que moldam o Grêmio”, declarou.

Modernização sem perder a essência gremista
Apesar da resistência à venda do clube, Philippe Jardim defende que o Grêmio deve se adaptar às novas exigências do futebol mundial, buscando mecanismos de controle e regulação financeira que garantam competitividade, sem abrir mão da estrutura associativa.
“É preciso diferenciar modernização de privatização. Implementar boas práticas de governança não significa entregar o clube. É possível evoluir mantendo o Grêmio dos gremistas”, concluiu.
Com esse posicionamento, o novo presidente sinaliza uma gestão voltada à transparência, profissionalização e fortalecimento institucional, evitando aventuras que possam comprometer a identidade e a autonomia tricolor.

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