Renato Gaúcho abre o jogo e fala sobre sua permanência no Grêmio em 2025 “O torcedor que vai me dar essa resposta”

Renato Gaúcho pondera permanência para 2025 e aguarda o posicionamento da torcida e da diretoria para tomar decisão final

Porto Alegre – O futuro de Renato Portaluppi no comando do Grêmio segue indefinido. Em um momento de reflexão, o técnico afirmou nesta quarta-feira (6) que está “em cima do muro” sobre a continuidade para 2025. A decisão, segundo ele, será influenciada por uma combinação de fatores, incluindo o sentimento da torcida e a direção do clube. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o treinador revelou que as vaias durante a partida contra o Atlético-GO o afetaram, mas entende que a cobrança dos torcedores é uma reação ao desempenho irregular da equipe.

Renato, que possui um histórico de conquistas pelo Grêmio e forte ligação com o clube, afirmou que sente o peso das críticas e das expectativas dos gremistas. “Fiquei muito triste quando soube que a torcida me vaiou. Entendo o torcedor. Perdemos o Gre-Nal e caímos na Copa do Brasil e na Libertadores. O Renato tem culpa? Tem. Mato essa no peito”, disse o técnico. Para ele, as críticas fazem parte do futebol e refletem o desejo da torcida de ver o time sempre competitivo. Porém, antes de decidir, ele planeja alcançar os pontos necessários no Brasileirão para garantir a permanência do time na Série A.

Em sua fala, Renato Gaúcho fez questão de deixar claro que sua ligação com o Grêmio vai além dos gramados.

“Por mim, faria um contrato pro resto da minha vida com o Grêmio. Mas não sou eu quem decide isso. Quando fizermos os pontos necessários, vou sentar com o Guerra [presidente] e conversar. Vou sentir o ambiente externo também. O torcedor vai me dar essa resposta”, destacou.

Aos 62 anos, com um currículo de títulos expressivos, Renato Gaúcho reafirmou que sua trajetória no Grêmio é motivo de orgulho, mas não pressionará a diretoria por uma renovação. “Gostaria de continuar, mas fico onde as pessoas me querem, onde me sinto bem. Nunca roubei o clube, e o dia que o Grêmio não quiser mais, sairei pela porta da frente”, completou.

Com essa declaração, Renato abre espaço para que a torcida se manifeste, sabendo que a sua permanência depende não só dos resultados, mas também da aceitação e do apoio dos gremistas. Seja qual for a decisão, o treinador promete uma saída tranquila e em paz com o trabalho realizado.

A situação traz à tona uma questão que divide a torcida: seria o fim da era Portaluppi no Grêmio? Ou, diante da história e identidade construída no clube, o técnico será mais uma vez acolhido pelo apoio popular?