“Segundo Maicon” possível substituto no Grêmio se inspirar no ídolo para jogar em alto nível

FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO
FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO

Pepê começou o ano como titular e com moral no Grêmio. Antes mesmo da estreia, foi elogiado por Renato, que o comparou com Maicon. O volante usa a história do ex-capitão gremista como inspiração, almeja grandes conquistas e busca alcançar o auge no clube gaúcho.

O meio-campista foi um do 10 reforços contratados para reformular o elenco e, de imediato, ganhou uma das vagas no time. O jogador foi um pedido do treinador. Aos 25 anos, chegou em Porto Alegre após ser revelado pelo Flamengo, passar pelo Portimonense e se destacar no Cuiabá. Mas é no Tricolor que vê a chance de chegar ao melhor momento da carreira.

— Eu creio que estou caminhando para o meu auge. Estou trabalhando para isso. Não que eu tenha alcançado. Acho que sempre podemos melhorar e estou caminhando para isso. Quero ajudar o Grêmio a conquistar grandes coisas aqui. No momento, estou realizando um sonho ao jogar nesse grande clube e estou muito feliz de fazer parte dessa história, dessa reconstrução — disse Pepê

Comparações com Maicon

O estilo de jogo fez com que Renato o comparasse com Maicon, ex-capitão e multicampeão pelo clube. Pepê é peça-chave para o novo Grêmio adotar uma filosofia propositiva pela capacidade de dar ritmo ao jogo, pelo passe qualificado e por jogar de cabeça erguida.

O volante não foge da comparação. Pelo contrário. Fica feliz. Porém, deixa claro que quer construir a própria história no Grêmio através de boas atuações e grandes conquistas.

— Estou construindo minha história aqui. Fico feliz pela comparação. Mas o Maicon é um craque, uma referência. Eu sou o Pepê, estou construindo minha história e dia após dia quero conquistar a torcida e também conquistar grandes coisas aqui

afirmou o meio-campista.
“Segundo Maicon” possível substituto no Grêmio se inspirar no ídolo para jogar em alto nível
Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Ele jogou salão e eu também. Normalmente, quando jogamos salão, se pisa bastante na bola. Acho que é mais essa a comparação. Por um jogo de mais posse de bola

— Pepê, volante do Grêmio

— Ele conquistou grandes coisas aqui e meu objetivo também é conquistar grandes coisas. Eu trabalho todo dia para isso. Estou focado nessa reconstrução, nesse novo Grêmio e fico feliz por fazer parte disso. Ele é o Maicon, um craque, uma referência e eu sou o Pepê. Estou pronto e feliz demais apra construir minha história no Grêmio — conta o jogador.

Relação com Renato

Portaluppi foi crucial para a vinda do volante. Carioca e cria das categorias de base do Flamengo, Pepê nunca havia trabalhado com o ídolo gremista, mas mantinha vivo o desejo.

— Renato foi um dos pilares para que eu viesse para o Grêmio. Meu desejo de trabalhar com ele, a vontade que eu tinha. Isso só se confirmou quando eu cheguei aqui. Ele é diferente — revelou.

Ambos têm em comum o lugar onde moram. Apesar de gaúcho, o treinador tem residência no Rio de Janeiro, terra natal de Pepê. Mas conforme o atleta contou ao ge, os dois curtem praias diferentes. Enquanto Renato prefere Ipanema, o jogador gosta mais da praia do Recreio.

Foto: William Ramos/RBS TV

A titularidade do camisa 23 confirma a convicção de Renato no talento do meio-campista. Mesmo quando mudou o sistema tático durante os jogos, manteve o jogador em campo. Aos poucos, o entrosamento aumenta e o rendimento da equipe melhora.

— Tem dado muita confiança, não só a mim, mas para todo o grupo. Acho que a confiança que ele passa pra gente é muito importante. Além de ser um gestor, é um cara que entende do jogo, por também ter jogado. Estou muito feliz pela forma como ele tem me dado confiança, não só nos jogos, mas nos treinos também — disse.

Polivalência no meio-campo

Ao longo de toda formação na base do Flamengo, Pepê atuou como meia-armador, com a camisa 10. Mas com o passar dos anos, o próprio atleta reconhece que as características e a capacidade de ajudar na marcação encaixariam melhor numa faixa do campo mais recuada.

— Na base toda eu joguei de 10 e entendi que as minhas características são de volante. Quando eu virei profissional, me destaquei nos desarmes. Hoje, a posição das três que eu menos gosto de jogar é de 10, mas caso precise, eu também faço — explicou.

Foto: André Durão

A competência para ajudar na marcação o transformou em um segundo volante. Nas última edições do Brasileirão, esteve bem posicionado entre os atletas que mais desarmaram. Nos jogos pelo Grêmio, já exerceu diferentes funções.

— Nesses três jogos, eu joguei nas três posições do meio. No primeiro jogo, fui de segundo volante e no segundo tempo passei para meia, ao lado do Diego Souza, quando ele entrou. No segundo, joguei de primeiro e segundo volante. Agora, contra o Brasil também. Me sinto bem confortável para fazer as três posições. Me sinto mais adaptado de segundo, mas fico à vontade para ajudar ali no meio —afirmou.

Foram apenas três amostras, mas o suficiente para largar na frente dos companheiros para galgar uma vaga no meio. Ao lado de Bitello, os dois foram titulares em todos os jogos no setor. Renato tem bastante opções para o meio e pode começar a rodar a equipe nos jogos fora de casa.

No próximo domingo, o Grêmio visita o São José, no estádio Passo D’Areia, pela terceira rodada do Gauchão. A tendência é que o técnico faça algumas preservações e dê espaço para alguns reservas. Enquanto isso, Pepê segue de olho no objetivo de assegurar um lugar no time e disputar títulos com a camisa tricolor.