“Provas dos 9” Renato pode utilizar novamente a formação que funcionou no Gauchão – 13/05/2023

Lucas Uebel / Grêmio

Grêmio – Aos poucos, Renato recebe de volta os jogadores que sustentavam a forma de jogar que o fez classificar o Grêmio entre os melhores do Brasil, há cerca de 40 dias. Havia, é claro, a empolgação pela conquista do Gauchão e pela adoção de uma forma de jogar com a bola no pé, controle de jogo e muita movimentação de cinco meio-campistas sintonizados. 

Renato
Lucas Uebel / Grêmio

Porém, esse quinteto foi se desfazendo. Primeiro, Pepê, o fiador da ideia, se machucou lá em Erechim, no dia 19 de março. Depois, foi Carballo, e a dupla de volantes que levava a bola limpa até os meias virou paciente do departamento médico. 

Restaram os meias e uma forma lenta de jogar justo quando a régua cresceu em progressão geométrica. O que se vê neste Grêmio da largada do Brasileirão é um time lento, sem força para pressionar os adversários e que acaba sobrecarregando sua defesa. Santos, Cruzeiro, Bragantino, Palmeiras e até mesmo o Cuiabá, derrotado na Arena Pantanal, zuniram entre os marcadores gremistas.

A volta de Pepê servirá como uma prova dos nove para esse modelo adotado por Renato. Há uma aposta alta do técnico nele. Tanto que, no começo da temporada, classificou-o como a versão 2023 de Maicon. Não comparou qualidade técnica, mas sim as atribuições e a capacidade de fazer o time andar. 

Pepê, um meia de origem no Flamengo que virou meio-campista em Portugal e no Cuiabá, tem realmente características que remetem ao que fazia Maicon entre 2016 e 2020 no Grêmio. O passe de qualidade, a dinâmica de jogo e a seta apontada sempre para a frente nas articulações se repetem. 

Porém, Maicon tinha ao seu lado um time talhado para fazer isso e com movimentos decorados. Outro ponto: à exceção daquele Gauchão em que atuou ao lado de Arthur, o Grêmio sempre teve ao seu lado um jogador mais marcador e dinâmico. Não é o caso agora. Carballo é também mais de toque do que de pegada. E, à frente dele, há dois meias que jogam com a bola no pé e correm menos sem ela. 

Por isso, o Fortaleza, que preservou sete jogadores contra o São Paulo, será o grande teste deste plano de Renato que era o B e foi promovido a A.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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