Foto: Bruno Ravazzolli

Grêmio vs Inter na CBF: Divergências presidenciais em eleição crucial

De um lado, o Grêmio, que inicialmente manifestou cautela diante da pressa para a definição de um nome, acabou engrossando o coro dos apoiadores de um dos candidatos. Do outro, o Sport Club Internacional não poupou críticas ao processo eleitoral, levantando questionamentos sobre o protagonismo dos clubes na tomada de decisões cruciais para o futuro do esporte nacional.

Alberto Guerra, presidente do Grêmio, não hesitou em expressar suas ressalvas sobre a celeridade com que o processo eleitoral estava sendo conduzido. Para o dirigente tricolor, “tudo que é açodado e rápido tem muita chance de não dar certo”. Sua preocupação residia na apresentação de um candidato que, sob a “pseudobandeira de ser dos clubes ou de ser algo novo”, já possuía ligações com a atual gestão. Contudo, o cenário mudou, e o Grêmio agora figura entre os clubes que formalizaram apoio a um dos concorrentes.

Já o Internacional, liderado por Alessandro Barcellos, adotou uma postura bem mais incisiva. O clube colorado aderiu ao manifesto de 30 clubes que apoiam a candidatura de Carneiro Bastos, defendendo que essa movimentação coloca os clubes no centro do debate. Barcellos lamentou que, historicamente, “os clubes ficaram em segundo plano, que são quem fazem o futebol brasileiro”. Sua crítica se estendeu ao modelo eleitoral vigente, onde as federações possuem um peso significativo, o que, na visão do presidente colorado, demonstra uma “desconexão entre o que pensam os clubes e quem faz o futebol”. Afinal, como ele questionou, “alguém torce por uma federação?”.

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Grêmio no epicentro da discussão sobre o futuro do futebol brasileiro

Ainda ecoam as palavras de Barcellos sobre a instabilidade jurídica e política que paira sobre o processo eleitoral. Para o presidente do Inter, o futebol brasileiro se encontra “à mercê de movimentos judiciais ou políticos”, o que mina a credibilidade do esporte. A preocupação com o futuro é latente, e o clube se mostra engajado em buscar garantias mínimas para o desenvolvimento do futebol, independentemente de quem venha a assumir a presidência da CBF. A união de grande parte dos clubes nesse movimento reflete um desejo de mudança e de maior voz ativa nas decisões que moldam o cenário futebolístico nacional.

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